1. Teóricos da Regência
O surgimento da Regência Moderna durante o 1800 permite ligar a atividade da Direção Orquestral com as atividades de músico - instrumentista e músico-compositor. O nosso estudo se complementa com os regentes que registraram o seus conhecimentos técnicos em textos que servem como as primeiras referências escritas da Arte da Regência Moderna: Gassner e Deldevez; e com os dois maiores nomes que marcam até os nossos dias o enfoque básico da Regência contemporânea: Berlioz e Wagner.
2. Ferdinand Simon Gassner (1798-1851)
Gassner foi compositor e Diretor substituto em diversos teatros da Alemanha. Derivado da observação permanente dos melhores regentes da sua época, o texto "Dirigent und Ripienist" incluído no texto bibliográfico de Della Corte, registra princípios para uma Teoria e as responsabilidades do regente moderno.
A representação plástica do movimento gestual, a variedade do tempo musical e o atento exame da partitura, fazem parte do conteúdo desse trabalho publicado no ano de 1844. Outros detalhes importantes apresentados por Gassner são: A defesa da Teoria dos Afetos na execução dos movimentos lentos; o comportamento inadequado de cantantes e instrumentistas; o uso do arco na marcação dos primeiros violinistas - condutores e a forma correta de empunhar a batuta.
3. Édouard M. E. Deldevez (1817-1897)
No seu trabalho "L'art du chef d'orchestre" Deldevez enfoca aspectos da regência praticada entre os anos de 1840 e 1860. Nesse texto finalmente publicado em Paris em 1878, são discutidos princípios fundamentais para o enunciado de algumas questões técnicas intensamente debatidas nesse período.
Deldevez foi aluno de violino de Habeneck e defendia a Teoria do seu mestre em relação à formação específica do regente com sólido conhecimento prático do Violino, em oposição aos regentes com formação pianística, segundo podemos conferir no estudo sobre a interpretação regencial de Andrea Della Corte e, principalmente de Georges Liébert. O discurso de Deldevez sobre a posição do Regente em pé ou sentado e o uso da batuta como reforço da atividade gestual, revelam hábitos de diversos Diretores de Orquestra da época.
Musicólogo, compositor, violinista, professor do Conservatório e Diretor da Orquestra da Ópera de Paris, Deldevez resume importantes momentos da evolução da regência, que servem para um estudo comparativo com outros artigos publicados em jornais desse período.
4. Hector Berlioz (1803-1869) - Richard Wagner (1813-1883)
A base técnica e artística da Regência conforme a prática atual, pode ser encontrada nos livros sobre regência de Berlioz e de Wagner. Os conceitos definitivos sobre a fixação de um modelo técnico são encontrados no texto "O Diretor de Orquestra - Teoria da Arte", de Berlioz. Já os princípios estilísticos e espirituais do conteúdo musical de uma partitura, estão no trabalho "A Arte de dirigir a Orquestra", de Wagner. Entre estes dois grandes artistas encontramos laços comuns. Os dois eram excelentes compositores, não eram músicos instrumentistas praticantes ativos e ambos tinham o gosto pela literatura.
Berlioz e Wagner, inovadores da Arte Musical, após atividades no campo da Direção Orquestral, registraram os seus conhecimentos sobre o assunto e resumem a Teoria e a Prática da Regência contemporânea. O tratado de Berlioz publicado no ano de 1839 (alguns musicólogos o catalogam como de 1855), se constitui no verdadeiro abecedário do Diretor de Orquestra. O mesmo surgiu como uma advertência contra o vocalismo predominante nas obras musicais que reduzia a orquestra à simples função de acompanhante.
Assim, as raízes do trabalho de Berlioz estão nos hábitos musicais das Casas de Ópera e no gosto arraigado do público nos decênios de 1820 a 1840. O próprio Berlioz sofreu as consequências desse quadro desordenado para a prática geral da Arte Musical quando da execução das suas obras. Lualdi lembra umas das suas citações mais constantes: "o mais terrível dos intermediários entre o compositor de música e o público, é o Diretor de Orquestra".
O conteúdo do texto de Berlioz pode ser definido como estritamente técnico e por vezes, mecânico, já que a maior parte das suas observações são sugestões específicas para a Regência Prática. A meticulosidade das descrições técnicas de "O Diretor de Orquestra" chegam a tal ponto que, quando trata da batuta, por exemplo, registra a extensão de cinqüenta centímetros, a sua espessura ou diâmetro e até a preferência por uma cor clara e não escura, visando facilitar a visibilidade da mesma pelos instrumentistas de orquestra.
Entre outros aspectos, destacamos a seguir os principais pontos desenvolvidos por Berlioz no seu trabalho, utilizando como fonte a tradução e bibliografia de Adriano Lualdi.
5. "O Diretor de Orquestra - Teoria da Arte"
Teoria da Arte - Trata dos conceitos da obra de arte escrita por um compositor e a intermediação do Regente no contato com o público.
Atributos do Diretor de Orquestra - considera as condições mínimas para ser Regente e as funções de autoridade e comunicação para com a Orquestra.
Mecânica da Regência - Aborda as exigências relacionadas à marcação do compasso musical, visando fixar o andamento correto de uma obra e o sentimento rítmico interno de cada compasso.
Divisão do compasso - Registra os gestos principais para a divisão dos compassos de 2, 3 e 4 tempos.
Batuta - Descreve a forma, medida e a cor a ser utilizada pelos regentes.
Diagramas - Apresenta os diagramas geométricos com a direcionalidade de cada movimento a ser realizado gestualmente.
Outras marcações - Recomenda diagramas para compassos de 5 e de 7 tempos e a utilização de gestos abreviados, como por exemplo: No caso de movimentos a 4 tempos, em andamento Presto, devemos marcar o diagrama a 2 tempos. 3 tempos em andamento rápido, podemos suprimir a marcação do gesto do segundo tempo.
Subdivisão dos tempos - Mostra a necessidade da marcação subdividida, com a finalidade de evitar divergências rítmicas. Representa as formas de diagramas para marcar a subdivisão.
Exercícios - oferece um extenso repertório de exemplos e a aplicação dos gestos mais adequados para cada exercício.
Recitativos - Afirma a necessidade de não deixar de marcar a divisão regular do compasso, visando maior segurança no reinício de cada entrada orquestral.
Fermatas - Solicita atenção nos ensaios para combinar a forma de realização.
Disposições instrumentais - Recomenda uma posição do Regente visível a todos os músicos do conjunto.
Orquestra e Coro - Cita o comportamento do Regente no Teatro de Ópera e a necessidade de Diretores Assistentes ou auxiliares do regente.
Experiências - Registra numerosos hábitos de músicos da orquestra e do coro, de solistas que não seguem as instruções do regente e a conduta deplorável por parte dessas pessoas em relação às suas obrigações artísticas.
Recomendações - Termina o escrito com a sugestão de criar um sistema de organização de ensaios, objetivando uma melhor interpretação musical da obra de arte.
6. Hector Berlioz (continuação)
Berlioz foi festejado como grande regente moderno entre os anos 1842 e 1860, sendo convidado de orquestras da Inglaterra, Áustria, Alemanha e Rússia. Se a índole do trabalho de Berlioz pode ser chamada de técnica, o estudo de Richard Wagner pode ser qualificado como absolutamente espiritual.
Influenciado sucessivamente pelo pensamento de Novalis, Feuerbach e Schopenhauer, Wagner se sente atraído pelos mais difíceis problemas da metafísica e dominado por um contínuo processo de reflexão sobre a arte interpretativa. É dentro dessas considerações que se inspira uma filosofia do Diretor de Orquestra, constantemente expressa em desejos de elevação e perfeição e ponto central de seu pensamento artístico, junto com seu projeto de um Teatro de Ópera Alemão.
Crítico veemente dos regentes "batedores de compasso", o mestre alemão escolhe e apoia aqueles que seguem seus princípios, como por exemplo Franz Liszt, a quem Wagner chama de "maior defensor do espírito". Entre os diversos assuntos importantes que Wagner cita em "A Arte de dirigir a Orquestra", aparece o conceito fundamental que no estudo da partitura significa reconhecer o Melos, e na interpretação da Regência Prática, destacar e afirmar esse princípio musical.
Essa idéia do Melos aparece a Wagner no ano de 1839, quando assiste em Paris à Nona Sinfonia de Beethoven, regida por Habeneck. O próprio Wagner, nas suas memórias, se expressa assim sobre o assunto: "- Vendo Habeneck reger a Nona Sinfonia, o véu caiu dos meus olhos; eu vi claramente a responsabilidade da interpretação e reconheci o segredo de uma solução feliz do problema".
A Orquestra tinha entendido a melodia de Beethoven, a qual era, evidentemente, totalmente desconhecida dos nossos bravos músicos alemães; e essa melodia era cantada pela Orquestra de Paris. A influência exercida sobre os músicos franceses pela Escola Italiana - da qual deriva -, tem isso de bom: a música se torna acessível através do canto.
Tocar bem um instrumento é cantar bem com o instrumento. Só a compreensão exata do Melos permite conhecer o verdadeiro movimento da música" (trecho retirado da tradução italiana de A .Lualdi ). Objetivando constituir um guia para os interessados em conhecer pontualmente o pensamento de Wagner sobre a essência regencial, destacamos os principais assuntos desenvolvidos no seu trabalho "A Arte de dirigir a Orquestra", de 1869.
7. "A Arte de Dirigir a Orquestra"
Introdução - Inicialmente, Wagner propõe uma série de observações sobre a relação da interpretação regencial e a obra musical e uma crítica da prática medíocre da Regência na Alemanha.
Exposição - Trata da falta de organização das Orquestras e dos numerosos contratempos resultantes de instrumentistas despreparados e de Diretores de Teatro incapazes. Registra impressões desde seu tempo de estudante até o ano de 1839, quando assiste à versão da Sinfonia número nove de Beethoven, regida por Habeneck (Wagner tinha 16 anos, quando se encontrava em Paris).
Desenvolvimento - Cita inúmeros exemplos da forma de reger dos diretores da época e propõe o estudo minucioso do movimento rítmico e do canto melódico dos instrumentos da orquestra.
Intermédio - Recomenda insistentemente a necessidade de uma educação instrumental, para progresso da arte musical.
Dos Regentes - Dedica amplo espaço para a crítica sutil de um Mendelssohn (aparece o lado antisemita de Wagner) e de um Meyerbeer (tido como grande compositor, mas com uma atividade regencial limitada a um cargo político em Berlim). Elogia sem limites Liszt e Bülow (é o Wagner corporativo).
Dos Compositores - Descreve suas considerações contrárias a Schumann e Brahms e sua admiração por Listz e, naturalmente, pelo próprio Wagner.
Regentes de Concerto e Regentes de Ópera - Oferece um quadro minucioso do alcance e significado da Regência Sinfônica e propõe o mesmo tratamento para a Direção Musical da Ópera.
Wagner regente - Conta suas experiências na regência do Prelúdio de "Mestres Cantores" e da ópera inteira. Trata sobre a aplicação das diversas nuanças, contrastes e sombras, dentro de um gesto rígido e inflexível.
Epílogo - Na parte final, sempre crítico e irônico, observa que a criação de uma nova Escola Superior de Música de Berlim, dirigida pelo famoso intérprete de violino J.Johachim, deveria seguir a doutrina Wagner - Liszt e não aquela de Brahms - Schumann. Caso contrário "o novo Messias poderia ser crucificado pelos hebreus", o que mostra o seu lado político e, mais uma vez, seus preconceitos antisemitas (Johachim era judeu). Wagner ocupou diversos cargos de regente tanto na Alemanha como fora do seu pais: Würzburg (1833), Köningsberg e Riga (1836), Dresde (1842) e Londres (1877) além de inúmeras viagens como convidado de orquestras de todo o continente Europeu.
8. Outros Teóricos da Regência
Com a finalidade de complementar o nosso estudo, agregamos ao relatório outros nomes interessantes para pesquisa e reflexão.
9. D.E. Inghelbrecht (1880-1965)
Regente francês, incentivador de novos compositores da sua época como Debussy, Ravel e Roussel, Inghelbrecht regeu a Orquestra da Ópera de Paris. Autor dos textos "O Mundo do Regente" e "O Diretor de Orquestra e sua equipe", apresenta e desenvolve nos seus trabalhos aspectos psicológicos, técnicos e de disposições orquestrais e, principalmente, registra sua valiosa opinião sobre regentes em atividade no fim do século XIX e início do século XX, conforme atesta A.Della Corte no seu texto anteriormente citado.
10. Hermann Scherchen (1891-1966)
Regente alemão, tido como grande incentivador dos novos compositores do século XX. Membro ativo da Sociedade Internacional de Música Contemporânea, foi também autor do "Manual do Diretor de Orquestra", registrado na nossa Bibliografia Comentada. O trabalho mais significativo de Scherchen foi passado a inúmeros alunos de regência em cursos desenvolvidos em Zurich, na Suíça.
11. Benjamin Grosbayne (1893-1976)
Nascido na cidade de Boston, Grosbayne estudou no Conservatório da Nova Inglaterra e na Harvard University. Teve aulas particulares com Pierre Monteaux e Weingartner. Foi regente, crítico musical e professor no Departamento de Música do Brooklyn College. Seu trabalho "Techniques of Modern Orchestral Conducting" (Harvard Univ. Press-1956) sistematiza o acesso à informação, enfocando no seu estudo dois pontos de vista:
A recriação e interpretação de uma mensagem para o ouvinte.
A atividade física-gestual.
O texto é ilustrado com exemplos para atividades práticas.
12. Hans Swarowsky (1899-1975)
Aluno de Schoenberg e R.Strauss, foi Regente permanente da Ópera do Estado de Viena e Regente Principal da Orquestra Nacional da Escócia. Professor da mais alta técnica regencial, ministrou diversos cursos em Viena e em diversas cidades do mundo, embora não tenha registrado seus conhecimentos em texto específico. Profundo conhecedor dos princípios da marcação gestual, formou regentes como Claudio Abbado e Zubin Mehta.
Em 1968 e 1974 tivemos a honra de participar de cursos ministrados pelo mestre austríaco (Nascido em Budapest), assimilando principalmente seus conhecimentos técnicos relacionados com o movimento de rotação da mão e do antebraço; a marcação da métrica regencial e a regência por período, da qual Swarowsky foi um dos poucos estudiosos.
13. Hans Schmidt-Isserstedt (1900-1973)
Nascido na Alemanha, trabalhou na Ópera Estatal de Hamburgo, na Ópera Alemã de Berlim, na Orquestra da Rádio do Norte da Alemanha e na Orquestra Filarmônica de Estocolmo. Viajou por todo o mundo como regente convidado, sendo admirado pela sua interpretação ágil, transparente e de grande precisão rítmica. Foi extremamente respeitado pela crítica musical e tido como verdadeiro "Concertattore" de orquestras. Realizou inúmeros cursos de regência, sem publicar seu método .
14. Eugene Victor Bigot (1888-1956)
Estudou no Conservatório de Paris, onde ocuparia a cátedra de Regência. Conhecido como regente do Teatro dos Campos Elíseos, dos célebres Concertos Lamoureaux e da Ópera Cómica, foi professor formador, embora sem deixar publicações conhecidas sobre a Técnica da Regência. Os trabalhos de Bruno Walter, Weingartner e Furtwängler serão citados nos relatos sobre Grandes Mestres.
15. Outros regentes importantes
O desenvolvimento e consolidação da Regência na segunda metade do século XIX levou à formação de novas orquestras em diversas cidades do continente europeu e nos EUA, quebrando de vez a prática de realizações avulsas e propiciando a instalação de inúmeras Orquestras de Concertos. Nosso relato cita o nome de outros regentes importantes para ciência ou pesquisa junto a Enciclopédias especializadas.
16. Carl. H. C. Reinecke (1824-1910)
De tradicional família de músicos alemães, foi pianista bastante solicitado e regente competente. Muito ligado a Schumann, Brahms e Liszt (era casado com uma das filhas deste compositor), Reinecke foi regente da Orquestra do Gewandhaus de 1860 a 1895 e professor, entre outros nomes, do célebre musicólogo Hugo Riemann e do grande regente Felix Weingarten.
17. Georg Hellmesberger (1800-1873)
De família de músicos austríacos de alta representatividade na formação de Escolas de Música e Sociedades de Concertos, Hellmesberger dirigiu a Ópera da Corte Austríaca. Como professor de violino formou, entre outros, os célebres mestres Auer e Johachim e como Diretor da Corte se destacou na opção pelo repertório austro-alemão.
18. Henrich Proch (1809-1878)
Natural da Bohémia, foi Diretor no Joseph Stad Theater de Viena a partir de 1837 e da Ópera entre os anos 1840-1870, onde imprimiu uma notável atuação na difusão dos compositores românticos e na consolidação profissional dos músicos da orquestra.
19. Karl Eckert (1820-1879)
Nascido em Berlim, foi aluno e protegido de Mendelssohn. A Partir de 1847 dirigiu a Ópera Real de Berlim e Orquestras de óperas na Bélgica e Holanda. Em 1851 assumiu a Direção do Teatro dos Italianos de Paris, na qualidade de Maestro substituto e em 1853 foi nomeado Diretor Principal, o que mostra a organização dos teatros europeus, na metade do 1800.
20. Henrich Esser (1818-1872)
Diretor de Orquestra alemão, com destacada atuação em Viena e Salzburgo. Foi um dos principais apoiadores das obras de Richard Wagner e participou de inúmeras realizações artísticas junto ao grande compositor alemão .
21. Felix Mottl (1856-1911)
Músico precoce, aos dez anos de idade já era solista do Coro de crianças da Corte de Viena. Estudou no Conservatório de Viena e teve como principal objetivo da sua carreira a divulgação da ópera alemã. Criou a Sociedade Wagner em 1872, a Sociedade Filarmônica de Karlsruhe em 1881 e regeu nos principais centros operísticos da Europa e dos EUA. Diretor assíduo dos Festivais de Bayreuth, Mottl regia segundo os princípios estéticos defendidos por Wagner. Isto é , de forma muito ardente e expressiva .
22. Hermann Levi (1839-1900)
Aluno dos Conservatórios de Mannheim e Leipzig, assume em 1859 o cargo de Diretor Musical da Orquestra de Saarbrucken. Entre os anos de 1861 e 1864, foi Diretor Musical da Ópera Alemã em Rotterdam e em 1864 assume a função de regente em Karlsruhe, onde permanece até 1872.
Nesse período se aproximou de Wagner, regendo em 1882 a estréia de Parsifal em Bayreuth, sendo seu único intérprete até o ano de 1894. Levi pode ser definido como músico dos mais cultos, de grandes realizações em relação ao equilíbrio formal da obra musical, meticuloso preparador de orquestra e dono de uma fluida naturalidade gestual.
23. Edouard Colonne (1838-1910)
Violinista e diretor francês, foi membro das mais importantes Orquestras de Paris. Em 1873 funda e dirige uma orquestra ligada a Editora Hartmann, que tempo depois toma o nome de "Concertos Colonne", onde se deu amplo impulso aos compositores franceses do período. O grupo institucional permanece até os nossos dias como Orquestra Independente de Concertos Sinfônicos.
24. Hans Richter (1843-1916)
Regente austro-húngaro, foi seguidor incansável de Richard Wagner, atuando inclusive como seu secretário particular. Músico extremamente bem preparado, foi o copista do original da ópera os Mestres Cantores e preparador dos solistas e do Coro de Munique, na estréia da ópera. Nessa oportunidade, Richter substituiu o regente titular, mostrando todos os recursos que Wagner defendia no texto "A Arte de dirigir a Orquestra".
Após apresentar Lohengrin em Munique em 1870, Richter assume o posto de Diretor do Teatro Nacional de Pest (1871-75), importante centro musical, sendo que em 1875 foi aclamado em Viena e nomeado segundo Diretor dos Concertos Filarmônicos e Regente da Associação Amigos da Música.
Em 1876 triunfa em Beyreuth com a regência de "O Anel dos Nibelungos", se destacando pela perfeição rítmica, a afinação perfeita e o colorido timbrístico orquestral. Após 1896, deixa seu lugar de regente para Gustav Mahler e assume concertos na Inglaterra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário